A música é algo que tem o poder de gerar comunhão. Pensando nisso, e como parte do projeto “Imigrantes e Refugiadas: Desafios da Casa Comum – tecendo redes de Sororidades”, realizamos no dia 17 de setembro, em Joinville-SC, uma oficina de dança, cuidado e bem-estar.
Para isso, contamos com uma profissional de educação física, especializada em zumba, que preparou uma aula de dança personalizada, utilizando músicas típicas em crioulo e espanhol. A ideia é que as mulheres haitianas e venezuelanas tivessem uma tarde alegre e descontraída, além de incentivar a prática de exercícios físicos.
Nos intervalos de descanso entre as músicas, tivemos pequenas reflexões dirigidas por uma psicanalista especializada em temáticas femininas, como violência doméstica e prevenção ao abuso. Utilizando a metáfora de um tomate holandês, que também precisou imigrar de sua terra e se adaptar ao Brasil, ela desafiou as mulheres a pensarem mais em si mesmas, na prática do autocuidado e na importância de buscar ajuda, caso perceba que precise.
Algumas crianças também participaram, já que o evento era aberto para elas. Aquelas que não se envolveram com a dança, ficaram sob os cuidados de alguns voluntários.
O evento foi realizado no salão da Igreja Nossa Senhora de Lourdes e contou também com o apoio da Comunidade Reconciliação (Igreja Anglicana), de professores da Escola Arthur da Costa e Silva, e de vários voluntários.
O depoimento de uma das mulheres que participou nos dá a certeza de que foi um evento marcante para elas:
“Que atividade tão legal, uma maneira tão especial de esquecermos um pouco dos problemas que mantém a gente agoniada e ansiosa perante os desafios que devemos enfrentar a cada dia como imigrantes.”
Além de quebrar a barreira da língua, a música tem o poder de gerar sororidade, fazer brotar sorrisos e fortalecer laços!
Texto: Paula Mendes
Fotos: Reprodução
