
“Chegando a um lugar chamado Calvário, ali o crucificaram...
E Jesus dizia: ‘Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem’.” (Lc 23:33a,34a)
Páscoa, tempo de relembrar a vitória da vida sobre a morte. Tempo de celebrar as resistências. Tempo de renovar a fé e acreditar que a violência e o ódio não triunfarão.
Na sexta-feira da Paixão, fazemos memória à tortura sofrida por Jesus de Nazaré (Is 53:7). Um anunciador da paz incômoda. Daquela paz que provoca os poderes autoritários, sejam políticos ou religiosos (Mt 12:4).
A resposta ao anúncio da Paz foi a tortura (Mt 26:67). A mesma tortura que se atualiza e violenta os corpos de quem, no século XXI, reivindica direitos.
Mas Deus é amor (1 Jo 4:8). E Ele fortalece as nossas esperanças (Sl 71:5).
As mulheres da época de Jesus não desistiram do projeto de Paz anunciado por Ele. Elas eram as excluídas e as violentadas. Não tiveram medo de enfrentar os poderes opressores. Sua coragem lhes permitiu testemunhar a ressurreição (Mt 28:1-9).
Que nesta Páscoa possamos nos inspirar na coragem de Maria Madalena, de Joana, de Maria, mãe de Tiago e das outras tantas mulheres que estavam com elas. Que esta inspiração nos fortaleça a não desanimarmos e não desistirmos das resistências necessárias para que as transformações que nos conduzirão à Justiça da graça de Deus aconteçam.
Ele ressuscitou, afirmaram as mulheres!
Ele ressuscitou, afirma a nossa fé!
Feliz Páscoa.
CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil
Foto: The Africa Image Library